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«Aos vinte e seis dias do mês de Janeiro da era de mil setecentos e dezoito se principiou a fazer a egreja nova, matriz desta Villa de Samora Correia…»
No final de Janeiro de 1718, o Pe. Henrique da Silva Araújo, realizou a última celebração na Igreja de Santa Maria de Samora Correia – o pequeno templo primitivo de origem medieval que, além de bastante degradado, já não tinha condições de albergar no seu interior, os inúmeros fiéis que ali se dirigiam.
A partir daquele momento e durante os três anos seguintes, Samora Correia, viu nascer naquele exacto local, uma construção nova – a Igreja Matriz Nossa Senhora da Oliveira.
Além do orago de Nossa Senhora da Oliveira, esta igreja foi igualmente erigida em honra do Apóstolo de Cristo, Santiago Maior.
A sua arquitectura é uma ode ao estilo barroco e ao esplendor típico do reinado joanino. No exterior, ao longo dos seus 650 m2, uma sólida construção em pedra calcária que não deixa adivinhar a riqueza do seu interior. Ali, o uso do mármore rosa, dos azulejos e da talha dourada forram magnificamente todo o monumento numa harmonia perfeita entre o mundo físico e o espiritual.
A diferente tipologia da iconografia jacobita está representada em todo o seu interior. Uma das características mais importantes e únicas do templo da Senhora da Oliveira de Samora Correia é, sem dúvida alguma, os dois painéis azulejares de
6 metros de comprimento e cerca de 2 metros de altura, com uma temática variada.
Não existem palavras suficientes para descrever a magnificência deste edifício. E a existirem, nunca lhe farão justiça.
A Igreja Matriz Nossa Senhora da Oliveira de Samora Correia, necessita de ser visitada e explorada minuciosamente, pois os seus segredos encontram-se nos detalhes.
Detalhes esses, que são únicos.